14.06.24 | Maria João Brito de Sousa |
* NOVEMBRO DE MÁ MEMÓRIA * Em Novembro, aos vinte e cinco, Deu-se o golpe traiçoeiro Que algemou quem, com afinco, Plantou cravos no canteiro, * Amassou o pão que eu trinco, Libertou um povo inteiro, Deu-me as letras com que eu brinco, Tornou livre o prisioneiro... * Aos vinte e cinco, em Novembro
31.07.22 | Maria João Brito de Sousa |
A MÃO QUE ALIMENTA A GUERRA * A mão que alimenta a guerra Por infindas mãos composta Pode até entender que erra Mas jamais perde uma aposta * Assim que os ferros desferra - que essa mão de errar não gosta-, Fere por ar, mar e terra Com ou sem linha de costa * Mal a (...)
22.07.22 | Maria João Brito de Sousa |
A PALAVRA POBREZINHO * A palavra "pobrezinho" Causa-me asco, desconforto E deixa-me em ponto-morto A meio de um (des)caminho, * Sem pão, sem água e sem vinho, Sem referências, nem porto, Que se ao pobre o "zinho" corto, Falto ao respeito ao vizinho... * No entanto, (...)
21.07.22 | Maria João Brito de Sousa |
UMA ILUSÃO DE FRESCURA * - Venha um pouco de frescura!, Pediu-me, ontem, um amigo E eu lancei-me na aventura De inventar-lhe um fresco abrigo * Que, estando em plena clausura, Não trazia, então, comigo... Sou, porém, mulher madura, De engendrar não me fatigo * E (...)
07.07.18 | Maria João Brito de Sousa
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“CONSUMMATUM EST!” * Veste, a rainha, a preceito, Levando o príncipe ao lado: Olha o povo embasbacado E um paparazzo, com jeito, * Tenta “flagrar” um defeito No que foi protocolado, Ensaiado e programado Até estar mais que perfeito... * Do hemisfério direito, S (...)
08.08.17 | Maria João Brito de Sousa
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Meu amor do riso triste, Velado por mil porquês; Sou aquela, que nem viste, Dentro desta, que hoje lês E se, acaso, o verso insiste Em vir beijar-me outra vez, Lembro a mulher de quem riste, Por detrás da que nem vês... Quando, em tempos, me puniste Com tão (...)
21.03.17 | Maria João Brito de Sousa |
SONETILHO Por não ter quem a saudasse, Por nem ter o Sol à espera, Chegou, sem que eu a notasse, Uma nova Primavera E, por muito que eu gostasse De não parecer severa, Vendo-a chegar neste impasse Prefiro ser-vos sincera; Quem me dera, ai, quem me dera Que, (...)
30.08.16 | Maria João Brito de Sousa |
SONETILHO II Fui rei da vida e da morte num tempo em que era menino, mas nunca cri no destino, embora cresse na sorte... (...)
30.08.16 | Maria João Brito de Sousa |
SONETILHO * Poema, és razão supina desta supina loucura de ser poeta sem cura desde os tempos de menina. * Eu era, (...)