31.03.09 | Maria João Brito de Sousa |
Um anjo, de negro, Recolhia do céu As últimas estrelas da noite Para que o sol Nascesse quente e glorioso. Uma mulher, de branco, Recolhia, de uma qualquer janela, O direito de fazer permanecer a noite. O Anjo olhou a Mulher [pequena estrela baça teimando em ser (...)
28.03.09 | Maria João Brito de Sousa |
Rasgam-se montanhas. Fundem-se correntes. Gritam, metálicos gritos, Engrenagens de um tempo Que alguém transformou Em rodas dentadas E os meus braços, estendidos como limos, Impotentes, cansados, Pedem utopias E alcançam memórias De crianças que me amaram Mal (...)
27.03.09 | Maria João Brito de Sousa |
MEMÓRIAS DE FEITICEIRA * Não haverá deus ou homem Seja poeta ou guerreiro, Que me prenda a uma estrada Ou me acenda uma fogueira, Que eu fiz o voto-votado De nunca ser cativada Nem comprada por dinheiro. * Fiz o voto de ser eu; Sem assumir cores alheias, Prometi a (...)
26.03.09 | Maria João Brito de Sousa |
Quero poder ser eu! Esquecer-me de ti, Do mundo inteiro, Matar antigos traumas no cinzeiro E reviver o sonho que vivi. Quer ser árvore, água, melodia, Cristalizar um momento de alegria, Ficar a olhar os passos lentos do rebanho. Quero rodar no sentido oposto Aos (...)
23.03.09 | Maria João Brito de Sousa |
Tenho telhados de vidro Que ninguém pode quebrar... Quando, à noite, fecho os olhos, Vejo estrelas a brilhar. Se não consigo dormir, Os telhados vão-se embora, Fico presa numa cela E a alma sempre lá fora... La´fora, junto do céu Que só eu sei alcançar... Sempr (...)