SONETILHO II
SONETILHO II
Fui rei da vida e da morte
num tempo em que era menino,
mas nunca cri no destino,
embora cresse na sorte...
Se fiz, de um verso, o meu norte,
vi-me em total tal desatino
quando o poema - o ladino... -
me exigiu; - "Melhor, mais forte!"
Tomei as rédeas da vida
muito antes de estar perdida
a força que trago em mim
E lancei-me na corrida
sabendo ser-me a devida,
esta, tão longa... e com fim...
Maria João Brito de Sousa - 30.08.2016 - 17.34h
Ao meu avô poeta, António de Sousa (saudando as águas, nesta fotografia)