SONETILHO
SONETILHO
*
Poema, és razão supina
desta supina loucura
de ser poeta sem cura
desde os tempos de menina.
*
Eu era, então, pequenina,
travessa, alegre, imatura,
mas já andava à procura
de ir dando a volta à rotina...
Dobava as horas do dia
nas voltas que a fantasia
me fiava sem parar;
Nem sempre doba quem fia,
mas era já Poesia
quanto eu tecia, ao dobar.
Maria João Brito de Sousa - 30.08.2016 - 12.56h