SOBREIROS QUE ASSOBIAM
E
HOMENS QUE GANHAM RAÍZES
Há sobreiros que assobiam
e homens que ganham raízes;
Há secas, incêndios, crises
e outros dramas que arrepiam
os que os viam – quando os viam...-,
nas bridas e cicatrizes
dos pardais, pombas, perdizes
que há bem pouco percorriam
azuis, nos quais se perdiam,
livres, selvagens, felizes...
Extingue-se uma espécie inteira,
mas quantos vão percebendo
quanto estamos, nós, perdendo
por fazermos tanta asneira?
“Não terá sido a primeira,
tanta vida vai morrendo...”,
lembra alguém numa cimeira
que não passa a referendo
Já que a mão do capital
(grande prestigitador...)
usa as armas do terror
e a anestesia geral
pra fazer passar o mal
sem que demos pela dor...
(nem sei qual será pior;
se este humano desamor,
ou se a chaga ambiental...)
Sei que tudo, tudo muda
neste universo (in)finito,
mas se da Terra oiço o grito,
não haverá quem me iluda
e se gritar pouco ajuda,
não dou dito por não dito,
solto este poema escrito
pra que alguém hoje sacuda
da dormência em que se escuda...
Sou poeta, inda acredito!
Maria João Brito de Sousa – 22.03.2018 – 19.05h
. VELHAS LUTAS, TEMPOS NOVO...
. UM BRINDE AO ANO QUE ESTÁ...
. A LÍNGUA, A ACUIDADE VISU...
. DÉCIMO ANIVERSÁRIO DO BLO...
. MAIS «NOVE ARGUMENTOS CON...
. EXTRAORDINÁRIA «CONTESTAÇ...
. O "ACORDO" QUE NINGUÉM QU...
. CARTA ABERTA AOS MEMBROS ...
. Recordando... Alexandre O...
. GALERIA ONLINE
. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS
. Notícias e actividades associativas
. NOUTRAS DIRECÇÕES...
. Viagens
. Sonetos
. AVSPE
. QUATRO SONETILHOS A CATARINA EUFÉMIA
. O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN