REPENTES...
Pois bem. Estive para não publicar este "repente" que me nasceu de uma pontualíssima dorzita de barriga e, muito provavelmente, da "ambiência" decorrente das recentíssimas eleições lá pelas terrras do tio Sam... mas mudei de ideia!
REPENTES...
De repente, na barriga,
Sinto uma dor lancinante,
Qual guinada acutilante
Que cruelmente a castiga
E que a curvar-me me obriga
No exacto e preciso instante
Em que tomava um laxante,
Sonhando uma jeropiga...
Apendicite? Lombriga?
Tomo um desparasitante,
Ou espero? Fico hesitante
Sempre que algo assim me intriga...
- " Tem lá tino, rapariga,
Não há nada de intrigante!
Logo a dor se te mitiga
Em bebendo um chá de urtiga
Sem açucar... nem picante!"
Já cantava uma cantiga,
Muito simples, muito antiga,
Quando oiço, um tanto distante,
O som distinto e vibrante
De um telemóvel cantante...
Fui buscá-lo. Era uma amiga
Que, antes do tempo, desliga...
Decerto nada importante,
Penso, por não ser amante
De ligar-me a quem me liga...
Espero que, depois, consiga
Fazer chá contra a fadiga,
Deste folhedo urticante...
Maria João Brito de Sousa - 09.11.2016 - 14.16h