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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

NATUREZA MORTA

22.05.14 | Maria João Brito de Sousa

(Décimas em verso eneassilábico)

 

 

Ficou preso no vaso bojudo

Do silêncio de uns sonhos quaisquer

E se, às tantas, nem sabe o que quer,

Está sozinho, sem arma, nem escudo,

Porque já se afastou, sobretudo,

Do fascínio de ousar entender

Qu`el´há sempre uma escolha a fazer

E nem sempre há canções de veludo

A brotar das palavras que eu mudo

Ao sabor do que entenda dizer,

 

Mas aceita! Talvez nunca entenda,

Ou, quiçá, venha a ser vitimado

Pelas chamas de um fogo ateado

Por quem queira acender tal contenda,

Ou quem tente acusar quem defenda

Que um direito se quer conquistado

E bem  pouco me importa o cuidado

C`os melindres daquel`que se ofenda

Ou, não qu`rendo assumir, nunca aprenda,

Mas se sinta atingido ou visado!

 

Sai do vaso doirado, indif`rente!

Vê que a terra se move e, sem ti

Que mal sabes dizer se és daqui,

Tanto mar, tanta voz, tanta gente

Que não cala e que nunca consente,

Verá tudo o que eu digo que vi

Nas palavras que agora escrevi

Desmentindo a postura indigente

Que não é - nem foi nunca! – inocente

Pois confirma o que agora senti!

 

 

Maria João Brito de Sousa – 22.05.2014 – 15.20h

 

NOTA - Este blog tem sido exclusivamente dedicado à poesia em redondilha maior. Abro uma excepção para estas décimas que, em vez da habitual redondilha, me surgiram em verso eneassilábico.

 

 

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