"NÃO HÁ HORIZONTE À VISTA"
"NÃO HÁ HORIZONTE À VISTA"
*
I
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"Não há horizonte à vista"
Dentro de casa fechada:
Não se vislumbra uma pista
Dessa linha imaginada...
*
II
*
Da janela embaciada
"Não há horizonte à vista"
E fica a gente intrigada
A duvidar que ele exista
*
III
*
Embora ninguém resista
A projectá-la, qual estrada,
"Não há horizonte à vista"
Não há vista, não há nada,
*
IV
*
Que o horizonte de cada
É qual onda cuja crista
Se imobiliza espantada:
"Não há horizonte à vista"!?
*
Mª João Brito de Sousa
23.07.2022 - 09.50h
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Poemeto em quadras criado a partir de um verso/mote de MEA para uma rubrica de quadras subordinadas a mote no Horizontes da Poesia.