LOUCURA COM LUCIDEZ...
08.08.17 | Maria João Brito de Sousa
Meu amor do riso triste,
Velado por mil porquês;
Sou aquela, que nem viste,
Dentro desta, que hoje lês
E se, acaso, o verso insiste
Em vir beijar-me outra vez,
Lembro a mulher de quem riste,
Por detrás da que nem vês...
Quando, em tempos, me puniste
Com tão crua insensatez,
Sei que não me descobriste
Pois, na própria embriaguês,
Tropeçaste e confundiste
Loucura com lucidez...
Maria João Brito de Sousa – 07.08.2017- 15.43h