HAJA PACIÊNCIA
HAJA PACIÊNCIA!
*
Pode ser virtude, ou não,
Essa coisa da paciência
E a verdadeira Ciência
Dirá, sem hesitação,
Que não há paciência em vão,
Pondo a mão na consciência
Contudo, esta convergência
Poderá gerar tensão
Quando, por qualquer razão,
Tomada por indolência,
Passa a ser subserviência
Por excesso de aceitação...
Mais não vos digo, senão
Que procuro uma evidência,
Não de alguma concorrência,
Nem de oculta altercação,
Mas de melhor solução
Prá minha humilde existência
E encontrei, nesta insurgência,
A minha melhor opção,
Apesar da confusão
Que causo a vossa excelência
Que nada entende de essência
E tudo faz à traição...
Um pedido de atenção;
Não foi por conveniência
Que “fintando” a coerência
Desta minha alocução,
Quis dar voz à compulsão
E inventei o tal “vocência”...
Foi talvez uma imprudência,
Mas... esta imaginação
Deu-me pra brincar... então?
Penso não ser insolência,
Apenas mera apetência
De ir exp`rimentando a ficção...
Foi-me grata, a sensação!
Quem sabe a nova valência
Venha a ganhar permanência?
Pra já, fica a confissão;
Não há segunda intenção
Mas tão pouco houve inocência!
Maria João Brito de Sousa- 16.08.2017 – 18.24h
Nota - Sextilhas em redondilha maior