POETA-CORUJA...
22.06.12 | Maria João Brito de Sousa
Talvez vá, ou... talvez fuja...
Não posso jurar que vou!
Sou poeta-mãe-coruja
Dos versos em que me dou,
Pois não me afasto do ninho
Onde os versos me eclodiram,
Nem deixo um pinto sozinho
Por temer que outros o firam
E se consumo alimento
Que eleve as aves do céu,
Voo, mas voo por dentro
Daquilo que sei ser meu,
Que eu, pardal de asa pequena,
Se voei longe demais,
Vi cair, pena por pena,
As penas originais...
Mentiria se evocasse
Outra desculpa qualquer
E morreria se achasse
Forma exacta de o fazer...
Maria João Brito de Sousa - 22.06.2012 - 02.16h
Imagem retirada da net