VIRÃO DE TODOS OS CANTOS!
Vejo chegar um operário,
Uma professora, um monge…
Vêm de perto e de longe
E alguns nem têm salário
Vêm mais; são multidões
Que, enchendo as veias das ruas,
Depressa as tornam tão suas
Como as letras das canções
São todos os que produzem
E os que o não podem fazer
Apenas por não saber
Evitar que outros os usem
Vêm de todos os lados
Lembrar que a democracia,
Se neles se consubstancia,
Os não quer tão defraudados
É deles a força dos braços,
Deles a rua conquistada,
Deles a vontade e a espada
Na bainha dos cansaços,
Deles que o sentem, deles que perdem
Quanto os fizerem pagar,
Mas ninguém pode obrigar
Porque o não querem… nem cedem!
Maria João Brito de Sousa – 30.07.2011 – 15.57h