PERFEIÇÕES E IMPERFEIÇÕES
Ser “poeta sem saudades”,
Sem prantos, nem desventuras,
Pode ser pouco comum,
Mas… só sei dizer verdades
E essas nunca serão duras
Para poeta nenhum…
Numa vida que, em passando,
Me deixou, em vez de rugas,
Negras letras de impressão
Que desejo e não comando,
Todos os versos são fugas,
Do meu “ego”… à tentação…
Mas, se perdida por dez…
Fico perdida por mil
Pois, dê lá por onde der,
Eu escolho as rimas em vez
Da perfeição mais subtil
Que alguém me possa oferecer!
Maria João Brito de Sousa