AGORA É IMPOSSÍVEL...
Se à frente de mim houvera
Sete mil anos de vida
No alvor da Primavera
Da estrada já percorrida…
Se nas minhas mãos houvera
Mais força, maior talento,
Se nelas inda coubera,
Como antes, o pensamento…
Se na minha pele houvera
Brilhos de seda e veludo
Onde nenhum Tempo espera
Por quem fez tanto de tudo…
Se no meu “histórico” houvera
As devidas sinergias
Na construção da quimera
De ser “eu” todos os dias…
Se no meu percurso houvera
Essa passagem de nível
Da tábua que alguém estendera…
[Mas… agora? É impossível!]
Maria João Brito de Sousa