AGORA É IMPOSSÍVEL...
Se à frente de mim houvera
Sete mil anos de vida
No alvor da Primavera
Da estrada já percorrida…
Se nas minhas mãos houvera
Mais força, maior talento,
Se nelas inda coubera,
Como antes, o pensamento…
Se na minha pele houvera
Brilhos de seda e veludo
Onde nenhum Tempo espera
Por quem fez tanto de tudo…
Se no meu “histórico” houvera
A devida sinergia
Na construção da quimera
De ser “eu” de noite e dia…
Se no meu percurso houvera
Uma passagem de nível
Ou tábua que alguém estendera…
Mas… assim? É impossível!
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Mª João Brito de Sousa
03.05.2011
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Maria João Brito de Sousa