BOTÕES DE MAIO
Não eram botões de Maio
Nem estrelas, nem sóis, nem luas,
Nem cometas, nem quimeras…
Foi tão só um papagaio
Subindo destas mãos nuas
Sem a bênção de uma espera…
Foi capricho de um destino
Que levava atrás de si
Sem que a razão mo pedisse,
Corpo e alma de um menino
Que partiu assim que ouvi
O que essa voz me não disse…
Foi num Maio em mil botões
De mil rosas por florir,
Sem promessa de raiz,
Na pior das solidões,
Sem a esperança de um porvir,
Sem perceber que mal fiz!
Maria João Brito de Sousa – 07.01.2011 – 18.15h