ILAÇÕES E OUTRAS BANALIDADES
16.11.10 | Maria João Brito de Sousa
Nunca tirando ilações
De ilações que outros tiraram
Sem que eu soubesse porquê,
Vou tomando as decisões
Que em acções se transformaram
Sempre que um de vós me lê…
Das acções – estes meus gestos
dos rituais de uma escrita –
Nascem sonetos, sextilhas
E toda a espécie de textos
Numa sequência infinita.
Todos eles pequenas ilhas,
Todos eles quais mares sem fundo,
Todos eles sempre girando
Como gira este planeta…
Quantas vezes não confundo
Os versos que vou rimando
Com a cauda de um cometa?
Tanta metáfora vejo
Em tudo aquilo que crio,
Como podeis comprovar,
Que outras coisas não desejo
- e em mais nenhuma me fio… -,
Dessas, banais, que encontrar…
Maria João Brito de Sousa