DIZ QUE DISSE
Alguma vez vós me ouvistes
Apoucar vosso trabalho
Mesmo com boas razões?
Deveríeis ficar tristes
Por apoucar o que eu valho,
Vós que, afinal, sois calões!
Este velho diz-que-disse
É um dos piores defeitos
Desta nossa humana raça,
Logo a seguir à crendice,
Ao massacre dos “eleitos”
E ao cultivo da desgraça…
Este ir e vir do café
Está-me a mudar o cariz
De cada um dos poemas
E bem pode ser que, até,
Me torne menos feliz
Ou me arranje alguns problemas…
O melhor é decidir-me
A ficar fechada em casa!
É que sou muito sensível
E acabo por sentir-me
Pior do que um bule sem asa!
[o diz-que-disse é ter-rí-vel!!!]
Maria João Brito de Sousa – 04.09.2010 – 15.27h