DIGITALIZANDO,ANDO,ANDO...
Sempre a digitalizar
Horas e horas sem fim,
Temo poder-me enganar,
Digitalizar-me a mim…
Se me torno digital
Quem digitalizará
Este universo real
Das imagens que aqui há?
Devo ter muito cuidado,
Trabalhar com parcimónia
Sem descurar o teclado
Mas sem fazer cerimónia,
Pois são tantas as imagens
Que as nem posso imaginar!
Passo as horas na contagem
Do que aqui tento guardar…
Uma antiga, outra nem tanto…
E devo, ou não, separá-las?
Guardar uma em cada canto
Pr`a poder, depois, estudá-las?
Se recordar é viver,
Eu estou a viver mil vidas…
Que bem me está a saber!
E tenho honras garantidas!
O pior é encontrar,
Neste caos que me rodeia,
Matéria pr`a navegar
Nesta histórica epopeia…
É que, sempre a trabalhar,
Tenho receio de, assim,
Ficar confusa, trocar,
E arquivar-me antes do fim…
Maria João Brito de Sousa – 10.08.2010 – 19.11h