ESTA MINHA DESPENSA...
Destas mil coisas que arrumo
Nas prateleiras da vida
- sempre metodicamente –
De três quartos, perco o rumo
E, em querendo estar prevenida,
Deveria ser diferente…
Mas sou poeta! Afinal
Tenho sempre bons motivos
Para estes meus desnorteios…
Numa despensa normal
Costuma haver aditivos
Pr`a proteger o recheio…
Esta despensa, porém,
Vai-se enchendo das ideias
Com que construo os poemas
E, às vezes, fica também
Cheiinha das mesmas teias
Que aos outros causam problemas…
Maria João Brito de Sousa – 04.07.2010 – 19.50h