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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

ABSTRACTO

29.05.22 | Maria João Brito de Sousa

 

prato com retrato.jpg

ABSTRACTO
*

Algo de estranho, de abstracto,

Quase de outra dimensão,

Envolve o velho retrato

Pendurado no salão

Da mansão de São Torcato
*

E garanto-vos que o gato

Se foi esconder no saguão

Ao ver o sorriso abstracto

Do retrato que o barão

Mandou imprimir num prato!
*


Mª João Brito de Sousa

29.05.2022 - 10.20h
***

Poemeto em duas quintilhas criado para uma rubrica do Horizontes da Poesia

"QUEM NÃO ESTÁ BEM, QUE SE MUDE"

28.05.22 | Maria João Brito de Sousa

 

briga de palavras.png

"QUEM NÃO ESTÁ BEM, QUE SE MUDE"
*


"Quem não está bem que se mude",

É o mote. Esta expressão

Soa-me grosseira e rude

E cheira-me a carrascão...
*


Se é pouca, a educação,

"Quem não está bem que se mude"

Acaba em altercação

Porque inflama que nem crude
*


Quando alguém a ela alude,

Não o faz sem intenção:

"Quem não está bem que se mude"

E "que me largue da mão"!
*


Mas mote eu não nego, não,

Nem que del` faça ataúde

(peço desculpa, caixão):

"Quem não está bem que se mude"!
*


Mª João Brito de Sousa

28.05.2022 - 10.00h
***

 

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Vítor Fernandes para uma rubrica de quadras populares com mote do Horizontes da Poesia

QUEBRANDO O ESPELHO - Reedição

26.05.22 | Maria João Brito de Sousa

 

quebrando o espelho.jpg

QUEBRANDO O ESPELHO
*

 

Quebro a cara e fico em pé,

Quebro o espelho e jogo fora!

Fui eu quem quebrou, até,

A caixinha de Pandora!
*

Quebro a cara nesta dança...

Que importa! Esta dança é minha!

Quebro a cara, colo a cara,

Faço e desfaço uma trança

No tempo que me separa

Dos passos que dei sozinha!
*


Colo o espelho que quebrei...

Colo, mas volto a quebrar!

Quantas vezes me não dei,

Quantas quis nunca me dar?
*


Quebro a cara e fico em pé,

Quebro o espelho e jogo fora!

Fui eu quem quebrou, até,

A caixinha de Pandora!
*

 

Quebro o espelho, arraso o palco,

Colo a cara e quebro o espelho,

Colo o espelho e quebro a cara...

Quanto tempo me separa

Do tempo mais do que velho

Dos vestidos de tobralco?
*


Colo o espelho que quebrei

Só pró voltar a quebrar!

Quantas vezes me não dei,

Quantas quis antes não dar?
*

 

Quebro a cara e fico em pé,

Quebro o espelho e jogo fora!

Fui eu quem quebrou, até,

A caixinha de Pandora...
*


Maria João Brito de Sousa

18.11.2015 -14.13h
***

 

 

AGUARELA

22.05.22 | Maria João Brito de Sousa

Borrão de tnta (1).jpg

AGUARELA
*


Quis pintar uma aguarela,

Mas tendo perdido a mão,

Deixei cair um borrão

Sobre a brancura da tela

Que, agora, um borrão revela...
*


Não resisti à pulsão

De pintar uma aguarela,

E uma flor tentei pôr nela

Com ternura, com paixão...

Olho a flor, vejo carvão!
*

 


Mª João Brito de Sousa

22.05.2022 - 11.45h
***

"E O RAMO DE FLORES MURCHOU"

21.05.22 | Maria João Brito de Sousa

 

flores murchas.jpg

"E O RAMO DE FLORES MURCHOU"
*


"E o ramo de flores murchou"

No instante, no segundo,

Em que a mulher acordou

E pôs os olhos no mundo
*


Deu um suspiro profundo

"E o ramo de flores murchou"

Quando algo nauseabundo

Tomou forma e se mostrou...
*


A mulher que o rejeitou,

Viu-o como um vagabundo

"E o ramo de flores murchou",

Caiu por terra, rotundo!
*


De onde seria oriundo,

Nunca a mulher perguntou,

Mas leio o mote e secundo:

"E o ramo de flores murchou"!
*

 

Mª João Brito de Sousa

21.05.2022 - 12.35h
***

 

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Liliana Josué para uma rubrica do Horizontes da Poesia

FRAGRÂNCIA

16.05.22 | Maria João Brito de Sousa

Fragrância - A minha, de eleição.jpg

FRAGRÂNCIA
*
I
*

Quem diz cheiro, diz fragrância,

Que é o mesmo que chamar

Com uma certa elegância

Ou programada distância,

Ao sabor, de paladar
*
II
*

E à sensação de tocar,

Tal como ao dizer fragrância,

Escolher de tacto apodar

Tão só para variar,

Que o mais tem pouca importância.
*


Mª João Brito de Sousa

15.05.2022 - 20.25h
***

"AMANHÃ É OUTRO DIA"

14.05.22 | Maria João Brito de Sousa

postal do avô 2.jpg

"AMANHÃ É OUTRO DIA"
*


"Amanhã é outro dia"

Disse, assim que anoiteceu,

Alguém que bem conhecia

As rotinas Terra/céu
*


Muitas vezes o disse eu,

"Amanhã é outro dia",

Sabendo bem que esse breu

Muito em breve aclararia
*


E de azul se cobriria,

Inteiro, o seu negro véu...

"Amanhã é outro dia",

Que agora reina Morfeu
*


Sobre quem adormeceu,

Cedo ou a hora tardia;

Por agora, tudo é seu,

"Amanhã é outro dia"!
*


Mª João Brito de Sousa

14.05.2022 - 10.00h
***

 

Poemeto em quatro quadras com mote descendente, criado a partir de um verso/mote de Joaquim Marques para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

UNIVERSO

13.05.22 | Maria João Brito de Sousa

rabisco III.jpg

UNIVERSO
*


Deitar água na fervura,

Fá-lo qualquer criatura,

Mas o seu perfeito inverso

É coisa de outro universo

... ou deste, em caricatura.
*


Com lucidez se depura

Do pior que há na loucura,

O génio nela disperso:

Cada qual um universo

Que ou se encontra ou se procura.
*


Mª João Brito de Sousa

08.05.2022 - 13.00h
***

"JÁ SE VAI VENDO A PERNINHA"

08.05.22 | Maria João Brito de Sousa

perninha2.jpg

"JÁ SE VAI VENDO A PERNINHA"
*


"Já se vai vendo a perninha"

Do P que estou a escrever

E a seguir, na mesma linha,

Um E começa a apar`cer
*


Pra logo a seguir se erguer,

"Já se vai vendo a perninha",

O R que, sem saber,

A nossa mente adivinha
*


Logo o N se avizinha

Para o R vir render,

"Já se vai vendo a perninha"

Que está agora a estender
*


Para logo se prender

À vogal cuja pintinha

Nunca se deve esquecer:

"Já se vai vendo a perninha"
*

 

Mª João Brito de Sousa

07.05.2022 - 10.45h
***

 

Poemeto em quadras com mote descendente, criado a partir do verso/mote de Joaquim Sustelo para uma rubrica do Horizontes da Poesia

 

 

NAVEGANTE

03.05.22 | Maria João Brito de Sousa

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NAVEGANTE
*

Navegante, o que procuras

Assim tão longe de ti,

Que ainda agora te vi

Zarpar sem norte, às escuras,

Quando o teu norte era aqui?
*


- Daqui, meu irmão, parti,

Não em busca de aventuras,

Nem de terras inseguras...

Navegante me assumi,

Dos que em si buscam lonjuras!
*

 

Mª João Brito de Sousa

01.05.2022 - 20.10h
***