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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

HORIZONTE

28.03.22 | Maria João Brito de Sousa

Faetonte-2.jpg

HORIZONTE
*


Minha linha de horizonte,

Fica entre um e outro monte

E espraia-se sobre um mar

A que não posso chegar

Nem na biga de Faetonte
*

Caso eu erguesse uma ponte

Entre mim e um horizonte

Que não consigo alcançar,

A linha iria pousar

Sobre outro mar, noutro monte,
*

Noutro mundo, noutra ponte

Que aguarda que eu me confronte

C`o facto de não ficar

Sempre no mesmo lugar

E a beber da mesma fonte

Em que a pensava encontrar

Quando ta tentei mostrar...

Agora, porém, defronte

Do dedo com que te aponte

O que penso lá não estar,

Vislumbro o mesmo Horizonte...
*

 

Mª João Brito de Sousa

27.03.2022 - 12.10h
*

Poema composto por duas quintilhas e duas sextilhas, criado a partir da palavra HORIZONTE para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

"FALEMOS ANTES DE AMOR"

26.03.22 | Maria João Brito de Sousa

"FALEMOS ANTES DE AMOR"
*
I
*

"Falemos antes de amor",

Depois falemos, então,

Do esplendor e do vigor

Que há nas coisas da razão
*

II
*

Agora, por compaixão,

"Falemos antes de amor",

Que as razões de um coração

Também terão seu valor
*

III
*

E nós, sabendo de cor

Quanto o amor capta a atenção,

"Falemos antes de amor",

De ternura e devoção
*
IV
*

Nunca perdendo a noção

Do que se passa em redor

E ante um mundo em convulsão

"Falemos antes de amor"!
*


Mª João Brito de Sousa

26.03.2022 - 12.20h

***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Albertino Galvão para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

 

 

 

 

 

 

 

EU e O MEU PAI - Jardim Botânico.jpg

"SEM PAZ NADA FAZ SENTIDO"

23.03.22 | Maria João Brito de Sousa

Hoje não vou à guerra.jpeg

"SEM PAZ NADA FAZ SENTIDO"
*
I
*
"Sem Paz nada faz sentido",

E a própria Felicidade

Traz o ar comprometido

De quem faz uma maldade
*
II
*

Numa aldeia ou na cidade

"Sem Paz nada faz sentido"

Porque até a Liberdade

Vê o seu rumo traído
*
III
*

E em breve terá perdido

O sentido da Verdade;

"Sem Paz nada faz sentido",

Esta é a realidade
*
IV

*
Porque quando a guerra invade

O mundo desprevenido,

Perde o Sonho a validade,

"Sem Paz nada faz sentido"!
*


Mª João Brito de Sousa

19.03.2022 - 11.00h
***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Jay Wallace Motta para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

"HAVER RESPEITO É URGENTE"

16.03.22 | Maria João Brito de Sousa

respeito.jpg

"HAVER RESPEITO É URGENTE"
*


"Haver respeito é urgente",

Ninguém o pode negar

Ainda que muita gente

Nada saiba respeitar
*


Aqui e em qualquer lugar

"Haver respeito é urgente",

Tão urgente quanto Amar,

É aceitar o diferente
*


E se no mundo presente

Isso não tiver lugar,

"Haver respeito é urgente",

Tanto quanto aproveitar
*


O Sol radioso, o luar,

O frio, o ameno, o quente...

Prá vida não soçobrar,

"Haver respeito é urgente"!
*


Mª João Brito de Sousa

12.2022 - 12.30h
***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Teolinda Marreiro para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

HISTÓRIA

15.03.22 | Maria João Brito de Sousa

operários 2.jpg

Operários - Tarsila do Amaral

 

HISTÓRIA
*

Complexa, mas linear,

É a História dos humanos;

Uns engordam a explorar

Os muitos que a trabalhar

Passam anos após anos...
*

Há-de um dia o que é explorado

Trocar as voltas à História

E o que hoje vive apagado

Terá então conquistado

O seu direito à Memória.
*


Mª João Brito de Sousa

13.03.2022 - 10.30h
***


Poemeto em duas quintilhas criado para uma rubrica no Horizontes da Poesia.

(ligeiramente reformulado)

DUETO AO SOM DO FADO "CANOAS DO TEJO"

10.03.22 | Maria João Brito de Sousa

Canoas do Tejo.jpg

À MARIA JOÃO SOUSA
*

(Fado dedicado à Maria João – com música do fado Canoas do Tejo)

(Esta letra é de minha autoria)
*

João que estás doente

Tu toma, muita cautela

Não quero ver-te ausente

Olha que a vida é bela
*

A tua poesia é rara

Temos muito que aprender

Tua inspiração não pára

É um rio de água a correr
*

João

Tu sabes bem

Que eu estou a ser sincero

Tua poesia venero

Queria assim escrever também
*

João

Toma cuidado

Põe a poesia de lado

Vai descansar um bocado

Ouve a minha opinião
*

 

Teus poemas têm mestria

É do conhecimento geral

Quero sentir tua alegria

Para bem do pessoal
*

 

Nos horizontes és a maior

A escrever com intuição

Não esqueces pormenores

Cada verso é uma lição
*

 

João

Tu sabes bem

Que eu estou a ser sincero

Tua poesia venero

Queria assim escrever também
*

João

Toma cuidado

Põe a poesia de lado

Vai descansar um bocado

Ouve a voz do coração.
*

ARIEH NATSAC

(Vítor Castanheira)


***
(Resposta, ao som do Canoas do Tejo)
*

Meu amigo e companheiro

De versos e desgarradas,

O meu coração rafeiro,

Remendado às três pancadas
*

Recusa dar-me descanso,

Não se contenta com pouco,

É frágil mas não é manso

E às vezes parece louco!
*


Ó Vitor,

Tu sabes bem

Que o meu coração teimoso

Não conhece maior gozo

Que o dos versos que contém
*


Coração que desembesta

E toma a rédea nos dentes,

Que dos versos faz a festa

Dos eternos imprudentes,

Não ouve aquilo que dizes,

Não teme vida nem morte

E só comete é deslizes

Correndo ao sabor da sorte...
*


Amigo,

Tivesse eu mão

Pra guardá-lo num abrigo

Que o protegesse do perigo

De um poema/tentação...
*


Amigo,

Juro tentar,

Mas não juro que consigo;

Coração que ande comigo

Navega até naufragar!
*

 

Mª João Brito de Sousa

09.03.2022
***

 

MULHER

08.03.22 | Maria João Brito de Sousa

MULHER
*


Mulher mãe, mulher amante,

Mulher força de trabalho,

Mulher vendida a retalho,

Mulher cá, mulher distante,

Mulher flor, mulher orvalho,
*


Mulher a tinta-da-China,

Mulher esboçada a carvão,

Mulher ventre e mulher mão,

Mulher que ousa ou que fascina,

Mulher - Todas quanto o são!
*


Mª João Brito de Sousa

06.03.2022 - 10.45h

 

 

 

(Mulher a Carvão - Desenho meu, 1963)

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"VEM DEPRESSA, PRIMAVERA"

05.03.22 | Maria João Brito de Sousa

 

 

"VEM DEPRESSA, PRIMAVERA"
*
I
*
"Vem depressa, Primavera",

Traz-nos a chuva bendita

Pela qual a terra espera

Tão sequiosa quanto aflita
*
II
*
Se o uso to não credita,

"Vem depressa, Primavera",

Molha este chão que te fita

Que a terra é sempre sincera
*
III
*
E se agora desespera

Numa agonia inaudita,

"Vem depressa, Primavera",

Traz a chuva que te habita
*
IV
*

Pra que a Vida se repita

No chão verde em que prospera;

Quando verde, és tão bonita...

"Vem depressa, Primavera"!
*


Mª João Brito de Sousa

05.03.2022- 10.48h
***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Joaquim Pereira Marques para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

 

 

primavera..jpg

FOLHA

04.03.22 | Maria João Brito de Sousa

Folha.jpg

FOLHA
*
I
*

Nem com folha nem sem ela

Consigo que a Musa volte

Pra que o verso se me solte

Sobre o cavalo sem sela

De um poema que me escolte
*
II
*
Morto o verso em seu compasso,

Foi-se a Musa, ardeu-me a folha

E à boca, tapou-ma a rolha

Deste tremendo embaraço

De a (es)colher não tendo escolha...
*


Mª João Brito de Sousa

23.02.2022 - 11.25h

***

 

Poemeto criado para uma rubrica dedicada às quintilhas, no Horizontes da Poesia