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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

"EU OUÇO O VENTO A PASSAR"

21.11.21 | Maria João Brito de Sousa

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"EU OUÇO O VENTO A PASSAR"

 

I
*

"Eu ouço o vento a passar"

Enquanto fico parada,

Quietinha, a congelar,

Com a lareira apagada...
*
II
*

Corre, vento, em revoada!

"Eu ouço o vento a passar"

E escuto a canção gelada

Que vai ficando no ar
*
III
*

Num uivo, quase um cantar

Da natureza encantada;

"Eu ouço o vento a passar",

Não consigo ouvir mais nada.
*
IV
*

Fico atenta à voz `scutada

Para a poder decifrar;

De tudo o mais alheada,

"Eu ouço o vento a passar".
*


Mª João Brito de Sousa

20.11.2021 - 11.10h

***

 

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Laurinda Rodrigues para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

"AS PALAVRAS ME FUGIRAM"

17.11.21 | Maria João Brito de Sousa

O ÚLTIMO ANJO DE MARIA 1999.jpeg

"AS PALAVRAS ME FUGIRAM"
*
I
*
"As palavras me fugiram",

Não sei de nenhuma delas,

Nem sei se se escapuliram

Por portas ou por janelas...
*
II
*


Não sei se presas em celas,

"As palavras me fugiram";

Queria prender-me eu a elas

E elas não mo consentiram...
*
III
*

Quais ruínas que ruíram

Formando pedras singelas,

"As palavras me fugiram"

Montadas nas suas selas...
*
IV
*

Zarparam, alçaram velas,

Nem sequer se despediram;

Olho o céu, não vejo estrelas,

"As palavras me fugiram".
*


Maria João Brito de Sousa

23.10.2021 -19.20h
***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Teolinda Marreiros para uma rubrica do Horizontes da Poesia.

Nota- Esta é uma segunda versão, ligeiramente modificada em relação ao poema original.

"ERA UMA CASA PEQUENA"

13.11.21 | Maria João Brito de Sousa

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ERA UMA CASA PEQUENA
*

"Era uma casa pequena",

Tão pequena que não sei

Como coube nela a cena

Que em seguida contarei;
*

Não foi rainha nem rei,

"Era uma casa pequena",

Quem nesse espaço encontrei

Em tempos, em tarde amena
*

Foi uma mulher serena,

Mais do que eu jamais serei...

"Era uma casa pequena"

Essa, onde um dia morei
*

E se dela me lembrei

Foi por saudade ou por pena

De algo a que não voltarei;

"Era uma casa pequena".
*

 

Mª João Brito de Sousa

13.11.2021 -11.00h

***

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Joaquim Sustelo para o Horizontes da Poesia

 

"DA DISCUSSÃO NASCE A LUZ"

11.11.21 | Maria João Brito de Sousa

da disc nasce a luz.jpg

"DA DISCUSSÃO NASCE A LUZ"
*
I
*

"Da discussão nasce a luz"

E dessa luz nasce a vida

Num vaivém que se traduz

Entre chegada e partida
*
II
*

E por vezes bem renhida,

"Da discussão nasce a luz",

Essa que é tão pretendida

Que à discussão nos conduz
*
III
*

Pra que lhe façamos jus

E não fique a luz fundida,

"Da discussão nasce a luz",

Seja a escuridão vencida
*
IV

*
Por agora que, à partida,

Em breve a luz se reduz

Até ser... rediscutida;

"Da discussão nasce a luz"!
*


Mª João Brito de Sousa

06.11.2021 - 12.20h

***

 

Poemeto criado a partir de um verso/mote de Liliana Josué para uma rubrica do Horizontes da Poesia

"AVÔ, VEM CORRER COMIGO"!

06.11.21 | Maria João Brito de Sousa

Eu e o avô (Caparica).jpeg


"Avô, vem correr comigo",

Cansei-me de estar parada!

Bem tento, mas não consigo

Ficar de boca calada
*

Quando é tão linda esta estrada...

"Avô, vem correr comigo",

Porque estou farta e cansada

De te ouvir falar do perigo
*

De correr sem um amigo

Por ser longa a caminhada...

"Avô, vem correr comigo"

Que o perigo não vale nada
*

Se eu estiver acompanhada

Por ti, avô muito amigo!

Vamos! Partida, largada;

"Avô, vem correr comigo"!
***


Maria João Brito de Sousa - 30.10.2021- 14.17h
*

Poemeto criado a partir de um verso/mote de MEA para uma rubrica do Horizontes da Poesia.