"VACINA É A NOSSA ARMA"
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"Vacina, é a nossa arma"
Muito embora vá falhando
Tanto que a gente se alarma
De tanta falha ir contando...
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Enquanto por cá vou estando,
"Vacina é a nossa arma"
Mas, "hélas", nunca fiando
Nem na dita, nem no carma,
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Venha um queijito de Parma
Para a fome ir enganando;
"Vacina é a nossa arma"
E eu calei-me e fui-me armando
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Muito embora duvidando
Pois, não sendo uma bisarma,
Estava em risco... entrei pró bando;
"Vacina é a nossa arma"!
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Maria João Brito de Sousa - 19.06.2021- 13.16h
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Poemeto criado a partir de um verso-mote de João Belo para uma rubrica do Horizontes da Poesia.
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NOTA - Que fique bem claro que não subscrevo qualquer tipo de teorias da conspiração. Todas as minhas dúvidas - e tenho-as, em relação a estas primeiras inoculações - são fruto do muito que aprendi na juventude nas sebentas e manuscritos dos maiores epidemiologistas portugueses do século XX, bem como na objectividade do raciocínio lógico e do espírito crítico que faço por manter tão bem afinado quanto a musicalidade dos meus versos...
A segurança e a eficácia das vacinas até hoje conseguidas é limitada, dado o curtíssimo espaço de tempo em que decorreram os estudos-cegos experimentais e a inusitada apetência que o SARS-CoV-2 apresenta para
se replicar em novas variantes.
Dentro das armas que temos - e temos poucas, infelizmente - decidi-me a apostar na vacina, mas não me senti muito mais segura depois da segunda inoculação. Apenas me senti bastante aliviada por não ter sofrido, a curto prazo, qualquer efeito secundário.