REDENÇÃO
REDENÇÃO
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Indeciso, é sempre a custo
Que te vejo dar um passo;
Nada fazes do que eu faço,
Por tudo e nada te assusto...
Sendo tu alto e robusto,
És paradoxalmente lasso
Pois sempre te fica o braço
Caído ao longo do busto,
Tão inútil quanto arbusto
Que flutuasse no espaço....
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Redimo-me ao redimir-te,
Mas não sei que voltas dar-te
Quando tu por toda a parte
Vês o mal a perseguir-te...
Com tal medo a consumir-te,
Não tenho como ajudar-te
Pois faltam-me engenho e arte
Pra saber redefinir-te;
Do que rio, não sabes rir-te,
E eu recuso-me a chorar-te!
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Maria João Brito de Sousa – 28.06.2019 – 11.23h
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Imagem retirada daqui