DUAS DÉCIMAS ÀS MINHAS/NOSSAS PALMEIRAS
22.12.14 | Maria João Brito de Sousa
Copas viçosas, erguidas
Quais cascatas verdejantes,
São hoje tristes gigantes,
Sem copas, palmas caídas,
Agonizando despidas,
Meros troncos vacilantes
Lembrando os tempos distantes
Em que, abrigando outras vidas,
Alegravam avenidas
Dando sombra aos caminhantes.
Quais cascatas verdejantes,
São hoje tristes gigantes,
Sem copas, palmas caídas,
Agonizando despidas,
Meros troncos vacilantes
Lembrando os tempos distantes
Em que, abrigando outras vidas,
Alegravam avenidas
Dando sombra aos caminhantes.
E, afinal... havendo cura,
Não sendo um caso perdido,
Porque haverão decidido
Dar-lhes sentença tão dura?
Sua morte prematura,
Será crime a ser punido,
Pois não faz qualquer sentido,
Nem vai trazer-nos fartura
E que imensa desventura
Ver-se um bairro assim... despido!
Maria João Brito de Sousa – 20.12.2014 – 20.00h