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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

LUZ E SOMBRA - Décimas dedicadas a todos os poeta "pobres" que se aventuram no ciberespaço

12.04.14 | Maria João Brito de Sousa

 

Aos que pela lei da vida

 

Se vão da vida afastando

 

Mas por cá nos vão deixando

 

Obra digna de ser lida,

 

Partilhada e discutida

 

Que, mais tarde, analisando,

 

Bem se sinta que foi dando,

 

Enquanto seiva absorvida

 

E de novo repartida,

 

Mais do que outros vão roubando,

 

 

 

Deixo o beijo solitário

 

Deste poema sem berço

 

Nascido em leito submerso

 

E este abraço solidário

 

Que não conheceu horário

 

Nem terá sentido inverso

 

Pois nasce enquanto converso

 

E se solta, urgente e vário,

 

Desde o refrão proletário

 

Ao mais rico e controverso

 

 

 

Dos poemas que escrevi,

 

Dos sons que nunca compus,

 

Das telas que já não expus,

 

Do muito que li/não li,

 

Do que aqui ganhei/perdi

 

E de quanto se traduz

 

No contraste “sombra/ luz”

 

Que, por acaso, entendi

 

Dever deixar-vos aqui

 

Quando à escrita me propus.

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 11.04.2014 – 18.41h

A VERMELHO! - Resposta de uma portuguesa pobre ao famigerado hino da mocidade portuguesa, em pleno Abril de 2014

08.04.14 | Maria João Brito de Sousa

 

 

1

Cá vou eu, num pranto infindo,

Chegando, chegando enfim,

Ao final de um sonho lindo

Que outro Abril criou pr`a mim…

 

2

Lá vou eu, já estou sentindo

Que o país se está perdendo

Se, nisto, for persistindo!

 

3

Ó servilismo letal

Que em roxas névoas te traças,

Vai-te deste Portugal!

 

4

Crer é querer quando enfrentamos

A astúcia dos nossos amos

Com lucidez, mas com “raça”!

 

5

Erga-se a voz conturbada

De um povo que se agiganta,

Sopre, ao vento, a bruta infâmia

Dos que, não fazendo nada,

A tornaram permitida

E, com ela, como insânia,

Gente que nunca quebranta,

População revoltada

Por milhares constituída,

Sublevação pela vida!!!

 

6

Que seja nossa divisa

O que a gente já não tem

Quando, assim, desde as raízes,

Nos tornam gente indecisa

Que é tratada com desdém!

Haja força que nos faça

Lutar pr`a sermos felizes!

 

7

Crer é querer quando enfrentamos

A astúcia dos nossos amos

Com lucidez, mas com “raça”!!!

 

 

Maria João Brito de Sousa – 08.04.2014 – 15.08h

 

 

NOTA – Toda a construção formal do poema original foi respeitada, incluindo a métrica e a divisão silábica, bem como o esquema rimático.