ATÉ EU VOU REPROVANDO!
Terei tudo, ou quase tudo
Aquilo que eu possa querer,
Se eriço o dorso e sacudo
Fraquezas de ser mulher!
Projectos? Só passageiros,
Que estes sonhos dos humanos
Levam-nos sempre a dinheiros
E, eles… a espingardas de canos!
Estatuto? Posses? Certezas?
Já nem sei o que isso seja…
Bastam-me estas duas presas
Brancas de fazer inveja!
E lá labutar, labuto!
Tenho a vida preenchida
Pelas coisas que desfruto
Ao longo da mesma vida…
Tudo em mim se complementa
Na saudável harmonia
Da ração que me alimenta
E da paz que me sacia,
Mas que alguém diga ao meu dono
Que é bom estar desempregado,
Que ficar ao abandono
Não lhe deve dar cuidado,
Isso não posso aceitar!
Eriço o pêlo rosnando
Pr`a melhor lhe demonstrar
Que até eu vou reprovando…
Maria João Brito de Sousa – 13.05.2012 – 16.48h
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