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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

A VERDADE ATRÁS DE UM MURO

16.10.11 | Maria João Brito de Sousa

Este poço não tem fundo

E é tal qual um labirinto

A que querem conduzir-nos!

Eu, nestas voltas do mundo,

Dizendo aquilo que sinto

Já nem os oiço mentir-nos…

 

Nesta escuridão global

A que o capital nos leva

Como gado ao matadouro,

Já nem a bem, nem a mal,

Há quem creia que tal treva

Seja o brilho de um tesouro…

 

Mesmo à beira do abismo

E ainda de olhos fechados?

Tem cuidado, abre-os depressa,

Que, a qualquer momento, um sismo

Vai fazer tombar telhados

Sem trazer-te outra promessa!


Ainda crês no sistema?

Tens assim tanto a perder

Que te impeça de pensar

Que, manter o velho esquema

De olhar sem nada fazer,

Nunca mais vai resultar?

 

Lutamos também por ti

Que ainda estás reticente,

Que te habituaste à “canga”

Que também eu já senti

Mas arranquei no repente

Do culminar de uma zanga!

 

Junta a tua voz à nossa

Por um mundo de equidade

Num planeta com futuro,

Não no lodo desta fossa

Onde se esconde a VERDADE,

Disfarçada, atrás de um muro!

 

 


Maria João Brito de Sousa – 16.10.2011 -17.00h

A VOZ DE CADA POEMA

04.10.11 | Maria João Brito de Sousa

Às vezes poema é voz

Com voz própria e pode, assim,

Dizer-vos bem mais de vós

Do que vos conta de mim…

 

Fala dos vossos anseios

E dos mil pequenos medos

Que atribuís ao receio

Dele vos revelar segredos

 

Cada rebelde poema,

Sem desculpa ou explicação,

Toma as rédeas do seu tema

Negando a voz da razão

 

Gera afectos, traz desgostos,

Guarda a surpresa que esconde

Por trás de alguns dos seus rostos

[sabe-se lá como e onde…]

 

 Promete e dá ou não dá

Conforme bem lhe aprouver!

As mais das vezes, sei lá

O que ele diz sem eu saber…

 

É nas palavras-surpresa

Que, mais tarde, se revela

Vencendo a amarga incerteza

Com que se expõe sem cautela

 

Pois, fale do que falar,

Quase sempre exalta a voz

Que não pudermos calar

Assim que ele passar por nós

 


 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.10.2011 – 11.01h