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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

MINHA TERRA

16.08.11 | Maria João Brito de Sousa

Quem te estendeu, minha terra,

Sobre algas, areia e mar

Como quem chega e descerra

Reposteiros de luar?

 

Quem te polvilhou desse ouro

Das searas nas planuras

Como se fosses tesouro

Que tombasse das alturas?

 

Quem te desenhou assim,

De um traço firme e seguro,

Florida como um jardim

Sob um céu de azul tão puro?

 

Nas praias, rios e montanhas

Que, mesmo pequena, abraças,

Sorriste à graça tamanha

De abraçar todas as raças

 

Quem te estendeu, terra minha,

Sobre algas, mar e areia,

Tanto trigo e tanta vinha

Nos braços de cada aldeia?

 

Quem de ouro te polvilhou

As planuras do regaço

Quando o sol te iluminou

Desde as lonjuras do espaço?

 

Nas aldeias, nas cidades

Que de ti foram nascendo

Desabrocham as vontades

Cansadas de ir-se escondendo

 

E, quando a fome chegar

Quando os seus braços se erguerem,

Quando a voz se lhes soltar

Para exigir quanto querem

 

Da minha terra dourada,

Toda rios, toda montanhas,

Virão vozes revoltadas

De gentes brancas, castanhas,

 

De gentes de tantas cores

Como as flores da minha terra

De novo empunhando as flores

Como os soldados na guerra!

 

Ó minha terra-promessa

Da pressa que trago em mim,

Não há poder que me impeça

De cantar-te até ao fim!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 16.08.2011 – 13.45h

 

 

 

NOTA - Estou, desde esta manhã, com o meu acesso bloqueado. Peço desculpa mas não deixo de perguntar-me porquê...

 

MUDANÇA

01.08.11 | Maria João Brito de Sousa

Somos de um tempo em mudança

Pois mudança sempre foi

Passar o tempo na esperança

De ir mudando o que mais dói

 

Horas, minutos, segundos,

Numa passagem constante

Terão gerado outros mundos

No culminar deste instante

 

Em torno do eixo estável

De um milagre de carbono

Somos o fruto improvável

De um universo sem dono

 

Se na vida se define

A mudança que aqui canto

E se viver nos redime,

Vida é mudança, portanto!


 

 

Maria João Brito de Sousa – 01.08.2011- 08.47h