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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

PERFEIÇÕES E IMPERFEIÇÕES

11.05.11 | Maria João Brito de Sousa

Ser “poeta sem saudades”,

Sem prantos, nem desventuras,

Pode ser pouco comum,

Mas… só sei dizer verdades

E essas nunca serão duras

Para poeta nenhum…

 

Numa vida que, em passando,

Me deixou, em vez de rugas,

Negras letras de impressão

Que desejo e não comando,

Todos os versos são fugas,

Do meu “ego”… à tentação…

 

Mas, se perdida por dez…

Fico perdida por mil

Pois, dê lá por onde der,

Eu escolho as rimas em vez

Da perfeição mais subtil

Que alguém me possa oferecer!  

 

 


Maria João Brito de Sousa

HÁ FOME NO MEU PAÍS!

05.05.11 | Maria João Brito de Sousa

Há fome no meu país

E alguém me veio dizer

Que Abril já fora esquecido

E arrancado à raiz

De um ideal por colher,

Que o país estava perdido…

 

Longínquo, evoco o perfil

De um dia de liberdade

Com carabinas nas ruas;

Recordo os cravos de Abril

Florindo numa cidade

Que acenava de mãos nuas

 

E, do mais fundo de mim,

Renasce um cravo qualquer

Dessa memória evocada…

Portugal não morre assim

Enquanto entre nós houver

Gente sã, gente acordada!

Há fome no meu país,

E alguém me veio lembrar

Que os cravos de Abril murcharam…

Com ou sem fome, o que eu fiz

Foi “dar a cara” e mostrar

Que houve alguns que perduraram!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

AGORA É IMPOSSÍVEL...

03.05.11 | Maria João Brito de Sousa

Se à frente de mim houvera

Sete mil anos de vida

No alvor da Primavera

Da estrada já percorrida…

 

Se nas minhas mãos houvera

Mais força, maior talento,

Se nelas inda coubera,

Como antes, o pensamento…

 

Se na minha pele houvera

Brilhos de seda e veludo

Onde nenhum Tempo espera

Por quem fez tanto de tudo…

 

Se no meu “histórico” houvera

A devida sinergia

Na construção da quimera

De ser “eu” de noite e dia…

 

Se no meu percurso houvera

Uma passagem de nível

Ou tábua que alguém estendera…

Mas… assim? É impossível!

*

 

Mª João Brito de Sousa

03.05.2011

***

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

RAIOS, CORISCOS E VERSOS BANAIS

02.05.11 | Maria João Brito de Sousa

Ele são raios e trovões

A desenhar pelo céu

Os coriscos e clarões

Que a trovoada acendeu!

 

Nestas trovas “poetando”,

Quase não oiço o barulho

Que fica muito mais brando

Assim que em versos mergulho…

 

Esta veio adiantada…

Estamos, ainda, em Abril

E a cidade habituada

A banhar-se em “águas mil”…

 

Faz trovoada! Recordo

Os meus maios de menina

E, a cada trovão, concordo

Que esta é forte e repentina…

 

Faz trovoada lá fora

E eu aqui, sem ver um raio…

Eu, que fui dona e senhora

Das trovoadas de Maio!

 

Lisboa, toda granizo,

Não fugiu à saraivada

Que apagou cada sorriso

Da gente muito assustada,

 

A princesa Cinderela

Casou com o seu “princês”

E eu não olhei pr`a ela,

Nem sequer uma só vez!

 

Já farta de ser banal

Dizendo o que todos sabem,

Ponho-lhe um ponto final.

[Versos? Só os que me “agarrem”!]

 

 

Maria João Brito de Sousa – 29.04.2011 – 20.41h

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET