CONDUZIU-ME A TUA MÃO...
Conduziu-me a tua mão,
Da brancura imaculada
Em que os meus dias nasceram,
Às cores de outra tentação;
O percorrer de uma estrada
Onde os brancos se perderam…
Eu, que era “branco no preto”,
Avessa às meias-verdades,
Às intrigas, às traições,
Usei, de modo indiscreto,
As tuas fragilidades
A bem das minhas paixões…
E foi tal o desconcerto,
Tanta coisa se insurgiu
Por dentro de nós os dois
Por obra de um tal aperto,
Que a harmonia nos fugiu
E o amor… fugiu depois.
Maria João Brito de Sousa – 10.07.2010 – 19.43h
Maria João Brito de Sousa