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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

RE-NOVOS LUSITANOS

25.02.09 | Maria João Brito de Sousa

 

Construí o meu império

Nos abraços de um mortal,

Tentei escrever epopeias

Na barra de um avental...

Depois veio outro mistério

Ainda por desvendar:

Mesmo neste cativeiro

Havia um cheirinho a mar...

 

Desfraldei as caravelas

No sal de outro imaginário,

Fiz da caneta e das telas

O mais temível corsário!

 

Renovada lusitana

Dos tempos que vão correndo,

Senhora... da minha cama

E dos sonhos que vou tendo...

 

 

 

O PÉ-QUEBRADO

22.02.09 | Maria João Brito de Sousa

(Sonetilho)


Quebrei o pé dum soneto...
Com tal força lho quebrei,
Que o pé ficou todo preto
E eu sem soneto fiquei...

Porque ansiava um poema
Metricamente perfeito
Um com pé que ostente edema,
Não satisfaz, nem dá jeito…

É no soneto, contudo,
Embora um tanto impreciso,
Que traço o sonho e a lenda

E porque apesar de tudo
Não está tão mal como isso…
Não faço ao soneto emenda!


Maria João Brito de Sousa - Outubro, 2009


NOTA - Sonetilho reformulado a 10.07.2015

MEDIDO EM ESPAÇO NENHUM...

21.02.09 | Maria João Brito de Sousa

Às vezes sobramos nós,

(De entre os loucos, os mais loucos…)

Nós que nunca estamos sós

Apesar de sermos poucos

 

Outras vezes, já cansados,

Fingimos que retiramos,

Amargos, desencantados,

Dos lugares aonde vamos,

 

Mas ficamos por ali,

Nesse espaço do vislumbre

E dos muitos que nem vi

Nunca a memória sucumbe…

 

Dos que vi, permaneceu,

Neste espaço da memória,

Um afecto que cresceu

Como se fosse uma história

 

Das palavras que disseram,

Das ideias em comum,

Do que partilharam, deram,

Medido em espaço nenhum...

 

 

 

 

 

 

 

À BEIRA DA FONTE...

19.02.09 | Maria João Brito de Sousa

Amanhã hei-de ir à fonte,

- descalça, qual Lianor –

Procurar, no horizonte,

Sinais de Paz ou de Amor…

 

Não sou Lianor, nem jovem,

Procuro um amor dif`rente…

Aquilo que alguns descobrem

Que faz falta a toda a gente…

 

Mas se eu for e não voltar,

Não se esqueçam!... Não voltei

Porque o não pude encontrar

Nas muitas voltas que dei!

 

Procurei por toda a parte.

Não estava em parte nenhuma!

Apesar do amor à Arte

Perdi-me entre tanta bruma…

 

Hoje, qual Sebastião

Do mito desencarnado,

Procuro a estranha lição

Desse amor desencontrado…

 

Neste precário horizonte

De fronteiras virtuais,

Desprezo, à beira da fonte,

O que os outros buscam mais…

 

II

18.02.09 | Maria João Brito de Sousa

DE ZERO A ZÊ

Convém, sempre,

Que se saiba escrever de Zero a Zê.

Não escrever, de todo,

É disfuncional

E, depois de Zê,

É só para os metafísicos e economistas.

 

Há poetas

Que se aventuram

A escrever para além de Zê

(e, pontualmente, antes de Zero).

Não têm vidas fáceis

Embora sejam os melhores.

 

Poeta que escreva

Antes de Zero e depois de Zê

Arrisca-se a só ter público depois de morto.

(Como os melhores)

 

Todas as coisas palpáveis

Se escrevem

 

 Entre Zero e Zê

 

 

Antes e depois da escala

Ficam apenas os impossíveis,

Os invisíveis e os que estão por vir.

 

Na escala cabe o conveniente

E umas pitadas de inconveniência

Que são muito úteis a quem se imagina livre

E a quem proclama liberdades imediatas.

 

 

A estupidez acaba em Zê

Conforme acab0 de demon(Z)trar.

 

 

Maria João Brito de Sousa - Fevereiro, 2009

 

 

 

  

EQUACIONANDO

14.02.09 | Maria João Brito de Sousa

EQUAÇÃO DE SEGUNDO GRAU

 

Somos todos

O resultado da soma

Do que nos ensinaram

Com as nossas experiências pessoais

Potenciado pelo que fomos à nascença.

 

Aquilo que somos à nascença

É, por sua vez, um produto

Daquilo de que o mundo precisa

Multiplicado pela nossa

Herança genética.

 

Equacionando:

Admitamos que

M = aquilo de que o mundo necessita

NE = aquilo que nos ensinaram

EP = experiências pessoais

N = nascença

HG = herança genética

 

 

 

Teremos então que:

 Nós=(NxM).(NE+EP).[nós(N)]

 

 

 

(isto digo eu, que não entendo nadinha de equações...)

 

 

Maria João Brito de Sousa - Fevereiro, 2009

 

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