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http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt

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EIS AS MONTANHAS QUE OS RATOS VÃO PARINDO

por muito pequenos que pareçam ser... NOTA - ESTE BLOG JAMAIS SERVIRÁ CAFÉS! ACABO DE DESCOBRIR QUE OS DOWNLOADS SE PAGAM CAROS...

QUANTAS VEZES...

03.03.09 | Maria João Brito de Sousa

Quantas vezes, em passando,

Se dá mais do que o que dá

A gente que vai ficando

À espera do que virá?

 

Quantas vezes, sendo breve

O caminho percorrido,

Nós passamos, ao de leve,

Sentindo ter-nos cumprido?

 

Quantas vezes? Tantas vezes

As horas que se passaram

Entre risos e revezes,

Mesmo poucas, perduraram.

 

Vidas, vidas e mais vidas,

Sendo breves, foram tanto…

Quantas vezes são esquecidas

Entre outras com mais encanto?

 

Vidas breves, apressadas,

Mas que deixaram no mundo

Os seus rastos que, caladas,

Nos deixaram, num segundo…

 

A semente da verdade

É, por vezes, pequenina.

Cresce sempre em liberdade,

Espalha-se e faz-se divina…

 

Assim, sem ter tempo certo,

Mas persistente, empenhada,

Passa tão longe e tão perto,

Deixa tanto, sem ter nada.

 

Quantas vezes encontramos,

Depois de alguém ter morrido,

Aquilo que, em muitos anos,

Nunca fez qualquer sentido?

 

 

 

Nota - Ainda publicado por mim e acabado de fazer, apesar de eu

           estar  convencida que não poetaria por uns dias.

 

12 comentários

  • Obrigada, amigo. Andam-me a nascer muitas redondilhas, agora... nem sei porquê e neste momento nem tenho tempo para pensar muito nisso. O que nasce, vai nascendo e eu venho a correr para o pc para escrever e publicar... são menos os sonetos, neste momento.
    Abraço grande.
  • Imagem de perfil

    Fisga

    08.03.09

    Olá amiga João. Não te preocupes por nascerem mais redondilhas, que sonetos, desde quando é que os pais podem escolher o sexo dos filhos? Sabes que é uma invenção muito recente, e tu tal como eu somos de outra geração, não encara bem estas modernices. Digo eu. O teu maior mal é precisares de ter 4 braços e só tens dois, mas ainda bem que assim é senão serias considerada aleijada, mas não te rales, se o tempo não chegar, pedes emprestado que os juros agora estão muito acessíveis. Pronto eu hoje estou muito bem disposto para o meu costume, não sei se será bom presságio. Um abraço Eduardo.
  • É isso mesmo, amigo. O que nascer é muito bem vindo. E as redondilhas também têm muita musicalidade e veículam em as palavras e as ideias.
    Abraço grande.
  • Imagem de perfil

    Fisga

    08.03.09

    ! A… Eu pensava que as redondilhas, eram só para preencher espaço, mas afinal também têm valor poético, Então venham elas que eu gosto. Boa noite e bom descanso, um abraço Eduardo.
  • Têm valor poético, têm. É a chamada "Poesia Popular" e é muito musical. O Poeta Aleixo usava sempre redondilhas.
    Abraço grande.
  • Imagem de perfil

    Fisga

    09.03.09

    Olá amiga João. É verdade o A. Aleixo, escrevia em grande parte tudo em poesia popular, ou seja a chamada redondilha. Eu posso-me gabar de ter a obra dele publicada, que eu conheço. Um abraço Eduardo.
  • Eu também tenho "Este livro que vos deixo". Foi um homem extraordinário.
    Abraço grande.
  • Imagem de perfil

    Fisga

    09.03.09

    Olá amiga. João. Eu tenho esse e tenho as poesias populares. Não sei se estará mais algum publicado. Eu gosto muito da poesia dele TU sabes como se chama aquele tipo de quadras que começam por um mote e depois leva mais 4 quadras e em cada uma delas leva uma frase da primeira a chamada mote? Ele também usava muito esse género. Um abraço Eduardo.
  • Peso que é a Trova com mote e glosa. Não tenho o Poesias Populares... só Este livro que vos deixo, cmprado há muitos anos na feira do livro...
    Abraço.
  • Imagem de perfil

    Fisga

    09.03.09

    Olá amiga João. Olha que nesse. Este livro que vos deixo tem algumas dessas poesias, Vais à pagina 57 ou à 59, e encontras lá uma dessas poesias. que são compostas por 5 versos, o primeiro é uma quadra, e os outros são compostos por 10 linhas, não sei o nome, e a ultima linha é a primeira da quadra. Já lá vai preso o ladrão, que em toda a parte aparecia. Contam-se mais de um milhão os roubos que ele fazia. Depois ma ultima linha do segundo verso, diz: Já lá vai preso o ladrão. Um abraço Eduardo.
  • Pois eu iria, sim, amigo, se esse não fosse um daqueles livros que está "preso" dentro da minha velha estante com portas vidradas que não abre há mais de um ano. Não sei o que tem o raio da fechadura que a chave entra mas não dá a volta. Tenhp dezenas de livros lá dentro, mas como aquela estante era do meu avô e me viu nascer, não tenho coragem de rebentar com a porta.
    Mas um dia pode ser que possa pagar a um serralheiro que ma venha arranjar. Eu já fizde tudo e não consigo.
    Abraço grande.
    PS- Os versos que tu dizes devem ser as "décimas".
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